sábado, 17 de fevereiro de 2018

Plantas alimentícias não convencionais - PANC


            PANCs como uma solução para combater a fome no presente e no futuro.

                                                                                                                          
                                                                                                                          Autor: Gomes J. Edvan

INTRODUÇÃO: Plantas alimentícias não convencionais, PANCs, foi uma das ações realizadas pelo grupo PIBID-QUÍMICA-UFBA no ColégioEstadual Plataforma. A saída da sala de aula para fazer pesquisa de campo como um tipo de recurso didático que ganha espaço como instrumento motivador para a auferir conhecimentos não só químico, mas também em diversas áreas e serve como uma chave que abre portas para a vida, uma vez que propõe estímulo ao interesse do estudante. O uso das tic´s como recursos educacionais como celular que os estudantes usaram para fotografar as plantas pode inseri-los em um universo tecnológico que propicia a curiosidade e induz a descoberta de possibilidades.


PALAVRAS-CHAVES:Alimentos, plantas, cultivo e PANCs.
OBJETIVO: Divulgar a importância das PANCs, além de facilitar o seu reconhecimento e fazer um levantamento de todas elas juntamente com os alunos do ensino médio e analisar os conhecimentos que compreendem do tema PANCs. Compilando essas informações, buscou-se demonstrar a importância do estudo das plantas alimentícias não convencionais na educação alimentar e preservação de valores culturais, temáticas importantes a serem exploradas na escola como potencial de paisagismo produtivo e alternativa de subsistência alimentar.
REFERENCIAL TEÓRICO:O termo PANC’s é definido pelo conjunto de plantas alimentícias não convencionais, espécies daninhas que muitas vezes passam despercebidas no cotidiano ou são vistas como indesejáveis para o campo, pois devido a sua rusticidade, propagam-se rapidamente e em condições consideradas praticamente inertes a outras plantas. Em uma visão comercial elas não são consideradas habituais, pois como cita Kinupp e Lorenzi (2014, p. 14) “temos atualmente uma alimentação básica muito homogênea, monótona e globalizada”, assim, as plantas alimentícias não convencionais justamente são consideradas propagadoras da diversidade e poucos indivíduos têm conhecimento sobre sua funcionalidade (Barreira et al, 2015; Isobe et al 2008; Kinupp e Barros, 2004).
     Na Agroecologia tais plantas são denominadas por alguns de espontâneas, e consideradas vitais na sucessão ecológica e com usos múltiplos. O incentivo ao consumo das PANCs, além de assegurar sua proteção, por serem restritas a determinadas localidades ou regiões, pode contribuir para a soberania e segurança alimentar e nutricional da população humana, pois são alimentos acessíveis e de baixo custo, de fácil cultivo, muitas destas com alto valor nutricional (KINUPP & BARROS, 2008)

      Muitos estudos etnobotânicos indicam a importância do conhecimento tradicional associado às PANC utilizadas por comunidades tradicionais (VÁSQUEZ, 2014).
      De acordo com (CRUZ; ZYLBERSZTAJN, 2001; SANTOS; MORTIMER, 2000; SANTOS; SCHNETZLER, 1997; TEIXEIRA, 2003) o objetivo central do ensino na educação é promover a educação científica e tecnológica também aos cidadãos, auxiliando o aluno a construir conhecimentos, habilidades e valores necessários para tomar decisões responsáveis sobre questões de ciência e tecnologia na sociedade e atuar na solução de problemas.



C
 
METODOLOGIA: As ações foram desenvolvidas através de pesquisa de campo pelos estudantes do bairro de plataforma que conheciam estas plantas só de vista e tiveram a curiosidade para descobrir para que elas serviam. Então eles fizeram um levantamento na comunidade destas plantas através de fotografia e entrevista com os moradores antigos que conheciam os nomes vulgar das delas e através destes nomes populares eles descobriram o nome científico e sua utilidade como mostra a seguir.
Nome popular: Coentro da índia.
Nome científico: Eryngium antihystericum Rottler.
Gênero: Apiaceae.
Origem: América tropical e Índias ocidentais.
Partes usadas: Folha, raiz. 



Muito usado em Moquecas e Ensopados e um cheiro característico e têm propriedades como proteína, gordura, carboidrato, fósforo, ferro, vitamina A,B1, B2. Cresce naturalmente em ilhas do Caribe, particularmente em Trinidade e Tobago. É erva bienal, cresce naturalmente em solos pesados, úmidos e sombreados próximo de áreas cultivadas. A erva é relativamente desconhecida em muitas partes do mundo, talvez pela confusão com o parente próximo coentro (Coriandrum sativum). Os principais componentes da folha fresca são umidade, proteína, gordura, carboidrato, cinzas, fósforo e ferro. As folhas são excelente fonte de vitamina A,B2, B1 e C. Em termos de peso seco, as folhas consistem em óleo volátil de fibra bruta de cálcio e de boro.

Nome popular: Hortelã de borda branca.
Nome científico: Mentha rotundifolia.
 Gênero: Mentha.
Origem: Sul da Europa.
Partes usadas: Folhas frescas e verdes. 




Possui folhas na tonalidade verde mesclada com branco. Seu aroma lembra ao do abacaxi, porém com a mesma refrescância das mentas. Atinge em torno de 40 cm de altura, sendo que se desenvolve bem em solos ricos em matéria orgânica e úmidos. Ela não gosta de muito calor, porém precisa de 4 horas de sol pleno por dia. Em vasos e canteiros deve ser plantada sozinha, pois possui sua raiz sufoca as outras plantas. Não deixar que as hastes com folhas totalmente verdes cresçam livremente, pois estas serão dominantes e assim perderá a variabilidade das folhas. Também podem ocorrer hastes com folhas totalmente brancas, que não prosperam por muito tempo, pois não apresentam clorofila. Na culinária pode ser utilizada em saladas, molhos e drinques, além das refrescantes águas aromatizadas.
Nome popular: Bredo.
Nome científico: Trianthema portulacastrum.
Gênero: Amarantáceas.
Origem: América central e sul.
Partes usadas: Folhas frescas e verdes.
 O bredo ou caruru ou amaranto, que é enorme e inclui plantas super diversas em formato, cor e tamanho bem comum de se encontrar em todo o Brasil. Ele é uma plantinha baixa, com estas folhas arredondadas e que dá o ano inteiro facilmente. Nas pontas dos galhos, crescem bastões cheios de sementes. Nas variedades plantadas nos Andes, costuma-se separar os grãos e torrá-los. Apesar a fartura e disponibilidade no Brasil, o bredo é apenas consumido fresco no Nordeste. As folhas refogadas no óleo viram acompanhamento nas refeições. Em Pernambuco, é ingrediente tradicional das comidas da Semana Santa. Mesmo sem ter uma personalidade marcante no paladar, o bredo tem seu segredo: é rico em ferro e potássio, uma arma poderosa no combate à anemia. Outro dado curioso: originário da América Central e do Sul, o bredo já era cultivado por civilizações antigas, como a dos maias. Há estudos arqueológicos que mostram que este arbusto era associado ao milho como planta sagrada.

Nome popular: Mostarda.
Nome científico: Sinapsis Alba.
Gênero: Brassicáceas.
Origem: África.
Partes usadas: Folhas.
    

Nutrientes: A folha de mostarda contém muita fibra dietética e é uma excelente fonte de vitamina K, A, C, E, complexo B e folato, e minerais como cálcio, manganês, ferro, fósforo e magnésio. Muito rica em antioxidantes, a folha é fonte de flavonoides. Benefícios: Assim como a folha, a semente de mostarda também apresenta inúmeros benefícios: melhora a digestão porque aumenta a produção de saliva, previne diversos tipos de câncer incluindo estômago e cólon, regula a tireoide (pelo alto teor de selênio), tem ação anti-inflamatória e assim alivia dores articulares e musculares, melhora a imunidade ajudando na prevenção de gripes e resfriados, protege a visão, baixar o colesterol. Molho de mostarda: Como o molho é preparado com as sementes de mostarda, os nutrientes e benefícios são os mesmos. Deve-se escolher um molho de mostarda bem denso, de preferência com as sementes aparentes, ou pode prepará-lo em casa.
Nome popular: Ora-pro-nóbis.
Nome científico: Pareskia Aculeata.
Gênero: Pareskia.
Origem: Brasil.
Partes usadas: Folhas.


Planta originária do continente americano, a ora-pro-nóbis, é encontrada em abundância na região Sudeste do Brasil e muito usada na culinária. De fácil cultivo e alto valor nutricional, a planta pode ser usada como ornamento e alimento, e se desenvolve em vários tipos de solo. Também conhecida como labrobó e orabrobó, a ora-pro-nóbis, a planta trepadeira se adapta facilmente a diversos climas e tipos de solo. Sua floração ocorre por apenas um dia, podendo ocorrer de janeiro a abril com flores pequenas e perfumadas de coloração branca, a produção de seus frutos ocorre de junho a julho apenas, e são amarelos e redondos.  Muito usada como cerca viva, a planta pode chegar aos 5 metros de altura e possui ramos repletos de espinhos, ajudando a proteger ambientes. Suas folhas, secas e moídas ou frescas são a parte comestível, e podem ser usadas em receitas como sopas, omeletes, tortas e refogadas, ou ainda cruas em saladas. Além disso, podem ser usadas para enriquecer a farinha, massas e pães. As folhas, in natura, podem ser usadas ainda misturadas na ração de animais devido ao alto teor de proteína. De fácil digestão, uma excelente sugestão de uso da planta é triturada com água no liquidificador e, em seguida, adicionada à massa do pão ou macarrão. As folhas são ainda ótimas para enriquecer as saladas, e outros pratos comuns no cardápio diário dos brasileiros.
Nome popular: Araçá.
Nome científico: Psidium cattleyanum.
Gênero: cattleyanum.
Origem: América do Sul.
Partes usadas: Frutos.
   
        


O araçá apresenta grande potencial para exploração econômica, por ser uma fruta nativa de alta produtividade com baixo custo de implantação e manutenção, sem a necessidade de utilização de agrotóxicos. É apresentado como uma alternativa dentro da agricultura familiar, e como ótima opção para o cultivo orgânico, em virtude das características dos seus frutos, da boa aceitação para consumo e pelo teor de vitamina C. Por possuir vitamina C ou ácido ascórbico, o suco de Araçá tem um potencial antioxidante, retardando o envelhecimento das células, pois combate os radicais livres. O ácido ascórbico também é muito utilizado na indústria da beleza para retardar o envelhecimento
Nome popular: Onze horas.
Nome científico: Portulaca. Grandiflora.
Gênero: Pareskia.
Origem: América do Sul.
Partes usadas: Folhas e flores.

Conhecida popularmente como onze-horas são plantas com folhas suculentas, porte herbáceo e usadas em muitos jardins de forma ornamental. Elas são uma espécie da família Portulacaceae. Estas plantas são ricas em diversos nutrientes e são consumidas em várias partes do planeta. Ela é fornecida tanto para alimentação na criação de animais como para os humanos. Porém, para isso deve ser ingerida em pequena quantidade ou ser cozida. Isto porque as folhas e flores desta planta são ricas em pequenos cristais oxalato de cálcio. Estes cristais têm a forma de agulhas microscópicas que ferem o tubo digestivo do animal que os ingere. A produção destes cristais é variada e depende das condições e recursos a que estão expostas as plantas durante o crescimento. Nativa da América do Sul, ocorrendo desde o sudeste brasileiro até o Uruguai e a Argentina. Também pode ser encontrada no Sul do continente asiático. Em Bangladesh é conhecida como “Time Fool” (algo como “bobo do tempo”), por causa de sua floração ocorrer de acordo com o tempo, quase sempre próximo ao meio-dia. É também conhecida como Beldroega (designação antiga, que engloba outras espécies de diferentes gêneros).No Brasil ela recebe o nome de onze horas, porque começa a abrir suas flores próximo às 11 horas.
Nome popular: Taioba.
Nome científico: Xanthosoma sagittifolium.
Gênero: Xanthosoma.
Origem: América do Sul.
Partes usadas: Folhas.

É preciso tomar um cuidado: as folhas da taioba são bem parecidas com a do inhame, que não servem para o consumo. Para diferenciar uma da outra, observa-se a localização do talo. No inhame, o talo sai do meio da folha, enquanto na taioba o talo sai bem próximo ao rasgo da folha. Existe uma espécie de taioba não comestível que tem o talo roxo. Só coma a taioba de talo verde. A outra pode causar irritação na garganta e até mesmo uma intoxicação.
Propriedades da Taioba: Durante muito tempo, a taioba foi deixada de lado pelos estudos científicos. Somente agora é que pesquisadores têm se debruçado sobre os possíveis benefícios da planta comestível. Hoje se sabe que ela é fonte de amido, que dá energia ao organismo, e fibras, que facilitam o trânsito intestinal e diminuem a sensação de fome. Por isso, é um ótimo alimento para quem está de dieta para perder peso. Uma porção de 100 g de taioba também contém toda a quantidade de vitamina A recomendada diariamente, que é de 0,9 mg para homens e 0,7 mg para mulheres. Ela ainda oferece boa quantidade de vitamina C, que reforça as defesas do organismo. Segundo um estudo feito pela Universidade Federal do Espírito Santo, as versões orgânicas da planta são mais ricas ainda nesse nutriente.
Como comer: A forma mais comum de consumo da taioba é o refogado e isso tem uma razão de ser. Por conter oxilatos de cálcio, a planta crua pode causar coceira e irritação na garganta, por isso o consumo da folha em forma de salada crua não é recomendado. A boa notícia é que o cozimento da folha não interfere na presença da maior parte dos nutrientes que ela contém. Depois de refogada ou cozida, ela continua com todos os seus nutrientes e a folha pode ser consumida de diferentes maneiras: sopas, caldos, bolinhos ou mesmo como recheio para outros preparos.
Nome botânicoAnnona Crassiflora

Nome popular: araticum-do-mato, embira Angiospermae
Família Annonaceae


Origem:  nativa brasileira

É uma fruta nativa do cerrado brasileiro, popularmente chamada de marolo, cabeça-de-negro ou bruto. Outros frutos que pertencem à família Annonaceae têm forma parecida com o araticum-do-cerrado, como a ata, também conhecida como pinha ou fruta-do-conde. O nome araticum vem do tupi e significa “fruto mole”. A árvore do araticum-do-cerrado é chamada de araticunzeiro e pode atingir até 8 metros de altura. Sua floração ocorre de setembro a novembro, sendo sua frutificação nos meses de novembro a março. Essas árvores possuem polinização entomófila, sendo os principais polinizadores os besouros. Não apresentam grande quantidade de frutos, mas em compensação apresentam frutos de até 2 kg. O araticum-do-cerrado é um fruto grande, que apresenta polpa adocicada, rica em ferro, potássio, cálcio, vitamina C, vitamina A vitamina B1 e B2. Com relação às polpas ocorrem dois tipos de frutos: o araticum de polpa rosada, mais doce e macio; e o araticum de polpa amarelada, não muito macio e um pouco ácido. Na época de sua frutificação são comuns o seu consumo pelas populações locais e sua comercialização em feiras ou em beira de estradas. Na culinária, o araticum-do-cerrado é a espécie mais bem aproveitada da família Annonaceae. Além de seu consumo in natura, também são produzidos, a partir dele, bolachas, geleias, sucos, licores, bolos, sorvetes, doces, entre várias outras receitas. As folhas e sementes do araticunzeiro são utilizadas para conter a diarreia, induzir a menstruação, além de serem usadas no tratamento de úlceras, cólicas, câncer de pele e reumatismo.

Infelizmente muitos araticunzeiros estão sendo arrancados em razão do desmatamento. Como a semente demora muito para germinar (em torno de 300 dias), corre-se o risco de não haver mais essa árvore, típica do cerrado, sem o cultivo humano. “O quanto em toda vereda em que se baixava, a gente saudava o buritizal e se bebia estável. Assim que a matlotagem desmereceu em acabar, mesmo fome não curtimos, por um bem: se caçou boi. A mais, ainda tinha araticum maduro no cerrado. ” Guimarães Rosa em Grande sertão: veredas, pg. 372
Nome popular: Araçá danta; araçazeiro; araçá-verdadeiro

Nome científico: Psidium araçá Raddi Família botânica: Myrtaceae
Origem: Brasil (Amazônia), Guianas até São Paulo




Fruto do araçazeiro, o araçá tem o seu sabor lembrando um pouco o da goiaba, embora seja um pouco mais ácido e de perfume mais acentuado. Araçá  É uma fruta pequena, arredondada, com sementes, cuja polpa varia de cor segundo a espécie, predominando o alaranjado e o amarelo-claro. É usado no preparo de sorvetes e refrescos e também de um doce muito parecido com a goiabada. Existem vários tipos de araçá, sendo os mais comuns o araçá-vermelho, o araçá-de-cora, o araçá-de-praia, o araçá-do-campo, o araçá-do-mato, o araçá-pêra, o araçá-rosa e o araçá-piranga. Origem Veio da África, mais especificamente de Angola, esse arbusto que chega a cinco metros de altura e que se adaptou muito bem à região Sudeste do país. As flores brancas e pequenas, de cinco pétalas, e os frutos amarelos e redondos formam um belo contraste com o verde das folhas. A polpa, ácida, tem sais minerais e vitamina C. Parte utilizada Fruta Ajuda a tratar de: Escorbuto Excesso de ácido úrico Inflamações Retenção de líquidos Poros muito abertos
Fruto Arredondado, de coloração verde, amarela ou vermelha de acordo com a espécie. Polpa branca-amarelada ou avermelhadas, mucilaginosa, aromática, contendo muitas sementes. Tipos Há muitos tipos de araçá, mas os mais comuns são: araçá-vermelho, araçá-de-cora, araçá-da-praia, araçá-do-campo, araçá-do-mato, araçá-pêra, araçá-rosa e araçá-piranga. Seu sabor lembra um pouco o da goiaba, embora seja um pouco mais ácido e de perfume mais acentuado. É uma fruta pequena, arredondada, com sementes, cuja polpa varia de cor segundo a espécie, predominando o alaranjado e o amarelo-claro. O araçá é usado no preparo de sorvetes e refrescos. Com ele também se faz um doce muito parecido com a goiabada.
 Frutifica de janeiro a maio. “Os araçazeiros são outras árvores que pela maior parte se dão em terra fraca na vizinhança do mar. A flor é branca e cheira muito bem. Aos frutos chamam araçazes, que são da feição de nêsperas, mas alguns muito maiores. A fruta se come inteira, e tem a ponta de azedo mui saboroso, da qual se faz marmelada, que é muito boa e melhor para os doentes de cãibras.”  
O araçá é, em geral, fruta mais ácida do que a goiaba; tem, também como a goiaba, a polpa macia e cheia de sementes sendo, porém, a maioria de suas variedades comuns menos carnuda e menos valiosa economicamente. Além disso, existem araçás de quase tantos tipos quantas são as praias do Brasil: araçá-branco, araçá-cinzento, araçá-rosa, araçá-vermelho, aragá-verde, araçá-amarelo; araçá-do-mato, araçá-da-praia, araçá-do-campo, araçá-de-festa; araçá-de-minas, araçá-de-Pernambuco, araçá-do-Pará; araçá-de-coroa, araçá-boi, araçá-pêra, araçámanteiga; araçá-de-folha-grande, araçá-de-flor-grande, araçá-miúdo, araçá-mirim; araçá-guaçu, araçá-peba, araçá-piranga, araçás araçanduba; araçá comum, araçá-verdadeiro ou, simplesmente, araçá. Esses muitos araçás encontram-se espalhados por todo o Brasil, dos campos sulinos até a floresta amazônica, de preferência onde haja umidade e calor
Algumas espécies de araçazeiros dão frutas muito saborosas e apreciadas para se comer no “pé” e no tempo, quando amadurecem. Outros, de frutos adstringentes ou ácidos demais, apenas se prestam ao fabrico de doces que, justamente por concentrarem um sabor azedinho ou agridoce especial, são ótimos ao paladar. Destacam-se como especialidades produzidas com a fruta os doces de pasta e de corte-este último também chamado de marmelada de araçá – que, como não poderia deixar de ser, são de sabor semelhante aos doces de goiaba e às goiabadas. Como praticamente todas as frutas, árvores e plantas, os araçás e suas folhas são também bastante aproveitados pela medicina popular brasileira. Entre os araçás uma das espécies que mais que se destaca é o araçá-boi (Eugenia stipitata). Apesar de ser fruta típica da Amazônia peruana, onde é muito conhecida e utilizada pela população regional, sua distribuição alcança, também, o Estado do Acre, no Brasil. O araçá-boi ocorre em árvores pequenas, quase arbustivas, que atingem no máximo 3 metros de altura. Seus frutos, de cor amarelo-canário, podem ter dimensões variáveis, mas são sempre grandes, maiores do que as maiores goiabas cultivadas, chegando a pesar até 400 gramas de pura massa. Daí seu nome popular! A polpa é suculenta e saborosa, apesar de bastante ácida. Por esse motivo, presta-se bem mais ao consumo na forma de sorvetes, doces ou bebidas do que in natura.
O araçá é uma fruta nativa e bem conhecida no Brasil. Existem diversas variedades de araçás: Rasteiros Arbustivos Arbóreos Trepadores Os sabores são bastante variados, tendo frutos com sabor de abacaxi, morango, pêra, maracujá e até maçã. A planta está presente nos mais variados ecossistemas brasileiros: no Cerrado, nos Pampas Gaúchos, na Mata Atlântica, no Pantanal e na Amazônia. Descrição da Planta De um modo geral, as espécies mais comuns apresentam porte arbóreo de 3 a 6 metros, com copa rala e irregular. O tronco é liso e descamante. As folhas são coriaceas, glabras, de 5 a 10 cm de comprimento por 3 a 6 cm de largura. As flores são axililares, sobre pedúnculos unifloros de 5 a 10mm. Os frutos são bagas globosas, variando muito de tamanho, contendo polpa branca, amarela, esverdeada e avermelhada, sendo mucilaginatinosa, suculenta, aromática e adocicada. Contem muitas sementes riniformes ( semelhante a rins ). Propriedades Químicas em 100g de polpa comestível: Energia – 62 kcal Proteína – 1,50g Lipídios – 0,60 g Carboidratos – 14,30 g Fibra – 5,20 g Cálcio – 48,00 mg Fósforo – 33,00 mg Ferro – 6,30 mg Retinol – 48,00 mcg Vitamina B1 – 0,06 mg Vitamina B2 – 0,04 mg Niacina – 1,30 mg Vitamina C – 326,00 mg. Propriedades Medicinais As folhas os brotos e os frutos do araçá do campo são adstringentes; suas raízes e cascas são empregadas em decocções para derreia. As cascas do araçá de coroa são usadas para estancar hemorragias em geral. As folhas do araçá de flor grande são utilizadas em banhos para aliviar as dores provocadas pela artrite e pelo reumatismo. As hemoptises e demais hemorragias, bem como as diarreias, podem ser tratadas com as folhas e cascas de araçá pêra e o araçá miúdo. Araçá Origem: Ásia É da mesma família de outras frutas como, por exemplo, jaca, figo, fruta-pão.
Existem vários tipos de araçá, sendo os mais comuns o araçá-vermelho, o araçá-de-cora, o araçá-de-praia, o araçá-do-campo, o araçá-do-mato, o araçá-pêra, o araçá-rosa e o araçá-piranga. Dicas para comprar O comércio regular, ao natural, é quase inexistente, mas ainda podem ser encontradas, esporadicamente, em algumas feiras livres. Caso encontre, observe alguns cuidados: – é uma fruta muito frágil e que rapidamente fica perecível, sinal de que se deve consumi-la de imediato, tão logo seja colhida ou comprada. Dicas para consumo tire o pequeno cabo que ela apresenta, descarte as que estiverem muito moles, lave bastante em água corrente, escorrendo em seguida. É comum encontrar produtos feitos com amora, tais como: geleias, compotas, doces diversos. Composição Muito rica em Vitaminas (A, B, C); tem ácido cítrico na sua composição, bastante água (cerca de 90%), carboidratos, sais minerais (fósforo, ferro, sódio, cálcio, potássio, estes últimos, em concentração generosa), fibras e ácido fólico. O araçá pode ser consumido “in natura” e ou em forma de doces, compotas, sucos, polpas congeladas e geleias. A raiz e as folhas podem possuir atividade diurética e antidiarréica. Valor calórico 100 gramas fornecem, em média, 37 calorias. Tabela Nutricional do Araçá Quantidade 100 gramas Água    84% Calorias             247Kcal Proteína    20g Fibra       15g Cálcio    85mg Fósforo           69mg Ferro   98mg Potássio        196mg Vitamina A  21mg  Indicações Terapêuticas É uma fruta com as seguintes propriedades: Antissética Depurativa Digestiva Refrescante Antihemorrágica Controladora da pressão arterial Sedativa Antioxidante Vermífuga Diurética Anti-herpética (tanto para o herpes labial quanto para o genital, segundo estudos de uma Universidade de Taiwan); – anticancerígena. É eficaz nos seguintes casos: Afta: Bochechar com suco de amora-preta, quente, adoçado com mel. Amigdalite: Suco de amora – preta, quente, adoçado com mel; tomar aos goles. Pode-se também preparar um xarope deste suco, bastando cozê-lo até engrossar um pouco. Fazer gargarejos com o xarope, ou tomá -lo às colheradas, deixando descer suavemente pela garganta. Bronquite: Infuso da casca da raiz, morno, para combater a tosse. Tomar morno, às colheradas. Em excesso é purgativo. Para preparar um infuso, deitar água fervente sobre as cascas das raízes bem picadas, tapar o recipiente, e deixar esfriar. Queda de Cabelo: Massagear o couro cabeludo com o infuso das folhas da amoreira. Secreções catarrais: Para as secreções catarrais das vias respiratórias altas recomenda – se o gargarejo com o chá morno das folhas da amoreira. Doenças das Cordas Vocais: Suco de amora preta, quente, adoçado com mel.Tomar vagarosamente. Diarréia: Usar xarope de amora, conforme explicado em amigdalite. Tomar não mais de 2 colheres de sopa por vez, com intervalos mínimos de 2 horas. Observação Pessoas com intolerância a salicilatos (aspirina), devem ingerir a fruta com muita moderação. Fonte: www.paty.posto7.com.br Araçá Araçá-Vermelho Nome científico: Psidium cattleyanum Sabine Família: Myrtaceae Utilização: Madeira para construção civil, cabo para ferramentas, lenha e carvão. Seus frutos são comestíveis e atrativos para fauna. Época de coleta de sementes: outubro a março. Coleta de sementes: Diretamente do chão, após a queda do fruto maduro. Fruto: Vermelho carnoso. Flor: Branca. Crescimento da muda: Médio. Germinação: Normal. Plantio: Mata ciliar, área aberta, solo degradado. Ocorrência Bahia até o Rio Grande do Sul, na mata pluvial atlântica e na mata de altitude, ocorre principalmente nas restingas litorâneas situadas em terrenos úmidos e nas capoeiras de várzeas úmidas.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os estudantes participaram ativamente das pesquisas, mostrando um empenho notório, relatando e fotografando o que encontravam nas pesquisas de campo.  Nas discussões em reunião sobre as questões, percebeu-se o interesse deles em relação às pesquisas. Lembrando que tal tema foi sugestão deles mesmo. A novidade sobre o tema PANC deixou os bolsistas entusiasmados uma vez que se trata de um assunto que abrange toda uma comunidade e chama atenção para a problemática da fome. Mesmo que a fome não afete diretamente as pessoas daquela comunidade, no entanto é o conhecimento que deve ser passado para futuras gerações através dos estudantes que propuseram este trabalho, uma vez que as PANCs são plantas de baixo ou quase zero custo e podem ser plantadas ou encontradas em qualquer lugar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir das pesquisas realizadas, foi possível perceber e ter noção da importância das PANC, porque elas podem mudar o olhar das pessoas em relação a natureza uma vez que o desequilíbrio e o descaso, provocados pelos seres humanos prejudicam algumas espécies enquanto privilegia outras. Espera-se com este projeto abrir os olhos das pessoas daquela comunidade para que aprendam a valorizar e fazer uso das PANCs.Com o passar do tempo elas começarão a fazer parte dos cardápios, complementando os alimentos atuais e trazendo novas opções ao paladar, como também à saúde. Em relação aos estudantes, eles se empenharam nas pesquisas tanto na parte prática quanto teórica o que ajuda obter um aprendizado mais eficaz não só em sala de aula, fazendo com que possam interagir na construção de significados, conceitos e representações. Quanto aos bolsistas foi notório o conhecimento adquirido pois trata-se de um tema totalmente diferente de sua área de formação e isso contribui para sua formação professional.

REFERENCIAS:
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de Porto Alegre, RS. Porto Alegre, 2007. 562 p. Tese -(Doutorado em Fitotecnia).

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http://www.matosdecomer.com.br/2015/03/a-beldroega-fonte-natural-de-omega-3.html

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