quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Teoria do Flogisto


Teoria do Flogisto

Desde o princípio da combustão quando o homem descobriu que poderia inflamar materiais para produzir calor, ele vem se perguntando como ocorria tal fato em parâmetros químicos. No início destes estudos foram formuladas várias teorias, as quais eram aceitáveis para a época, mas com muitas falhas.
Logo no início do século XVIII Platão tinha sua teoria ainda em vigor, a qual tratava que todo o material que podia entrar em combustão tinha um princípio ativo comum a todos, ou seja, “os materiais entram em combustam porque são combustíveis”. Gerber por volta de 770 D.C. indagou que este princípio ativo descrito por Platão poderia ser o enxofre. Mas sendo derrubado quase mil anos depois por J. J. Becher que provou que várias substancias inflamáveis não continham enxofre em sua fórmula.
Sendo forçado a desenvolver outra teoria sobre a combustão, Becher dando o nome de “terra pingua ou terra gordurosa”, a substância que poderia ser comum a todos os materiais inflamáveis. Sendo aperfeiçoado até chegar à teoria do flogisto em 1723 por G. E. Sthal. O qual afirmava que quando um material entra em combustão ele pode oxidar ou reduzir seu flogisto, ou seja, a oxidação era a perda do flogisto pelo corpo, enquanto que a redução era a absorção do flogisto expelido por outro corpo. Durante esta época o metal era considerado um elemento produzido a partir do aquecimento do oxido deste mesmo metal juntamente com flogisto (aquecimento com substancia que libera grande quantidade de flogisto). O óxido de metal é o próprio metal em reação com o oxigênio, um exemplo bem conhecido é o metal enferrujado.Com o oxido produzido com o aquecimento com o flogisto formaria o próprio metal, quando o mesmo metal aquecido sem a presença de um absorvedor do flogisto liberado (como se ele se escapa) o metal retornaria a forma antiga, sendo um oxido do mesmo metal novamente.
Esta teoria foi transcrita em uma formula de simples compreensão:
METAL = OXIDO DE METAL + FLOGISTO
Quando foi provado que o oxido de metal era mais pesado do que o próprio ar, a comunidade cientifica concluiu e adquiriu a teoria de que o flogisto era mais leve que o ar, sendo assim o oxido que não continha o flogisto era mais pesado que o ar, o que não ocorria quando o absorvia, passando de um oxido de metal para um metal, e de acordo com a teoria consequentemente o metal se tornaria mais leve que o ar em decorrência do flogisto.
Mas logo surgiu mais indagações sobre esta teoria, as principais levantadas por Lavoisier, que após experiências concluiu que o metal que deveria perder peso depois de aquecido, pois perdia o flogisto, se comportava de maneira contraria ganhando peso, esta pergunta não se tornou um problema para Becher que afirmava sem muitas provas de que o flogisto não era uma substância em si, mais uma essência que fluía de elemento para elemento. Após anos de estudos de Lavoisier para derrubar definitivamente a teoria do flogisto, ele conciliou a descoberta acidental do oxigênio feito por Joseph Priestley, com seus estudos chegando à conclusão de que o elemento participante da combustão estava neste componente da atmosfera (o ar em si) juntamente com o material, e não em uma essência que todos os materiais continham.
Assim Lavoisier derrubou definitivamente a teoria do flogisto, com seus estudos juntamente com o componente descoberto por Joseph, e também foi provada a participação deste elemento batizado de oxigênio na respiração. Concluindo-se de que o participante da combustão não está somente no interior dos materiais, mas sim também no meio em que este é inflamado.
Teoria do flogisto
A teoria do flogisto (ou do flogístico) foi desenvolvida pelo químico e médico alemão Georg Ernst Stahl entre 1703 e 1731.Segundo Stahl os corpos combustíveis possuiriam uma matéria chamada flogisto, liberada ao ar durante os processos de combustão (material orgânico) ou de calcinação (metais). "Flogisto" vem do grego e significa "inflamável", "passado pela chama" ou "queimado". A absorção dos flogistos do ar seria feita pelas plantas.
A teoria segundo Stahl
Stahl desenvolveu a teoria do flogisto a partir de uma adaptação da teoria de um dos seus mentores, Johann Joachim Becher. Em 1667 Johann Joachim Becher editou o livroPhysica Subterranea, no qual apresentou uma teoria sobre os elementos, considerando três tipos de Terras diferentes: terra mercurialisterra lapida e terra pinguis. Segundo Becher a terra pinguis estava presente nos materiais combustíveis, e era libertada quando esses materiais ardiam.Nessa altura a noção de elemento era diferente da noção actual. Várias teorias sobre os elementos foram apresentadas no tempo de Stahl, todas elas variantes da teoria original de Empédocles, segundo o qual existiam cinco elementos: ArÁguaTerraFogo e Éter.
Stahl fez esta alteração após ter estabelecido que a combustão de materiais orgânicos, como a madeira ou o carvão e a calcinação (atualmente conhecida como oxidação) de metais seguem o mesmo processo. Esta observação deve ter sido influenciada pelo fato de Stahl ter estudado atentamente os processos utilizados em metalurgia. Stahl considerou que quando um material entrava em combustão, sofria corrosão ou era calcinado perdia o seu flogisto: quanto mais combustível for um material, mais flogisto liberta na combustão.
Stahl estabeleceu duas diferenças entre a combustão de materiais como a madeira ou o carvão e a calcinação de um metal. A calcinação de um metal, ao contrário da combustão da madeira, é um processo lento e reversível. Stahl confirmou ser possível reverter o processo de calcinação e recuperar o metal a partir do seu cal (actualmente referido como óxido). Considerou que isto acontecia porque a cal de metal reabsorvia o flogisto libertado por material combustível, como por exemplo o carvão.
A teoria de Stahl foi aceita na comunidade científica em geral, porque apresentava a primeira explicação de fenômenos químicos. Esta teoria permitia explicar vários fenômenos observados, como a perda de massa na combustão de um material (por perda de flogisto), a impossibilidade de um combustível arder sem a presença de ar (porque o ar é necessário para absorver o flogisto libertado), o término de uma combustão, e a morte de um animal pequeno num recipiente fechado (ambos devido à saturação do ar com flogisto).
Refutação por Giordana
Apesar de alguns químicos da época terem sido fascinados pela teoria e esta ter perdurado até o final do século XVIII, foi então fortemente atacada pela famosa químicaMarfinense Giordana. A teoria do flogisto foi sendo posta em causa, quase desde que foi anunciada pela primeira vez, porque enquanto no caso da combustão de compostos orgânicos existia a perda de massa, o mesmo não acontecia no caso dos metais. Segundo a teoria, os metais deveriam perder flogisto quando fossem expostos ao aquecimento, mas de acordo com os próprios defensores da teoria, esses ganhavam peso. Lavoisier foi um dos vários cientistas que comprovaram este fato através das suas experiências (apresentadas em 1772) sobre a calcinação do fósforo e do enxofre), o que o levou a refletir sobre o que haveria acontecido com o elusivo flogisto.
Este fato não constituía um problema para Stahl, que considerava o flogisto como uma essência, que não tinha forçosamente de ter massa. Stahl considerava que o flogisto era uma espécie de essência que podia fluir entre materiais.Lavoisier levou muitos anos tentando derrubar definitivamente essa teoria, mas somente com a descoberta acidental do oxigênio feita por Joseph Priestley (batizado por Priestley de ar deflogisticado) no dia 1 de agosto de 1774 é que se teve base para enfrentar a teoria do flogisto. Dois anos antes da visita de Priestley, em 1792, havia declarado que estava disposto a causar uma revolução na física e na química. Ao contrário de Priestley, percebeu que o "ar deflogisticado" não era um elemento e sim um componente do ar que vinha procurando. Com isso, Priestley havia trazido a peça que faltava no quebra-cabeça.
Através de intensas investigações repetindo os experimentos de Priestley entre os anos de 1775 a 1780, Lavoisier estava convencido de que o ar de Priestley era o princípio ativo da atmosfera. Realizando vários experimentos brilhantes, Lavoisier mostrou que o ar contém 20 por cento de oxigênio e que a combustão é devida a combinação de uma substância combustível com o oxigênio. Ficou provado também o seu papel na respiração.Em 1789, Lavoisier batizou a substância de oxigênio, nome que vem da palavra grega e significa "formador de ácido", porque ele acreditava que todos os ácidos continham oxigênio, o que mais tarde provou-se não ser verdade.



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