Antoine Laurent de Lavoisier nasceu em Paris, em
1743. Filho de família rica, recebeu educação esmerada e exerceu vários cargos
públicos. Morreu guilhotinado aos 51 anos.
Antoine Laurent de Lavoisier nasceu
em Paris, no dia 26 de agosto de 1743. Era filho de um rico advogado e logo
ficou órfão por parte de mãe. Como sua família tinha boas condições
financeiras, ele foi muito bem educado e logo cedo, com a idade de 22 anos de
idade, ganhou uma medalha de ouro da Academia de Ciências por ter feito um
projeto de iluminação para as ruas de Paris.
Com apenas 25 anos ele foi eleito membro da
prestigiosa Academia Real de Ciências da França. Porém, com essa idade, ele
também tomou uma decisão que, conforme será explicado mais tarde, lhe custou a
vida; que foi ter se associado à Ferme Générale – uma sociedade privada que
tinha o direito de cobrar impostos em nome da coroa francesa.
Os rendimentos que ele obteve ao comprar ações
dessa instituição custearam grande parte das suas pesquisas. Lavoisier era um
cuidadoso cientista que fazia observações detalhadas e planejava seus
experimentos e por isso é considerado um dos fundadores da Química Moderna.
Aos 29 anos de idade Lavoisier casou-se com Marie
Anne Pierrette Paulze (1758-1836), filha de um dos sócios majoritários da Ferme
Générale, que na época tinha apenas 13 anos de idade. Mas esse casamento foi
muito vantajoso para Lavoisier, pois Marie Anne se tornou também sua parceira e
assistente de pesquisas científicas. Ela traduzia os mais recentes artigos de
Química do inglês para o francês, montava a aparelhagem de vários experimentos
e muitas vezes anotava os resultados, além de provavelmente ter dado
contribuições em discussões sobre química teórica. Desse modo, foi um casamento
que realizou a ambos.
Em 1789, Lavoisier lançou o Tratado
Elementar de Química, no qual apresentava uma nomenclatura moderna para os
elementos químicos, pois até então se usava a linguagem obscura da alquimia.
Outras descobertas de Lavoisier foram a relação do processo de respiração com a
combustão, a sugestão do termo “oxigênio” para o gás que foi isolado na época
por Priestley e, finalmente, a conhecida lei de conservação da matéria ou lei
de conservação das massas, conhecida atualmente pelo seguinte enunciado:
Porém, na época, Lavoisier não enunciou essa lei
com essas palavras, mas da seguinte forma:
Lavoisier teve um fim trágico. No mesmo ano de
1789, teve início também a Revolução Francesa e os membros da Ferme Générale
foram colocados como inimigos do povo, foram acusados de peculato, que é um
delito praticado por funcionários públicos que se apropriam de posses ou
dinheiro público ou particular em proveito próprio ou alheio e usam as
facilidades do cargo para obter esses bens ou ajudam alguém a obtê-los por
meios ilícitos. E foram acusados também de não prestarem contas de suas
atividades.
Lavoisier, por fazer parte dessa
instituição, não foi poupado, pelo contrário, no dia 08 de maio de 1794, aos 51
anos de idade, ele foi morto em uma guilhotina. Sua esposa foi presa, mas
quando foi libertada, publicou a obra Memórias de Química com
o nome do marido e baseada nas anotações de trabalhos que ele realizou enquanto
vivo.
A frase que o célebre matemático francês
Joseph-Louis Lagrange disse quando soube de sua morte, resume bem esse
acontecido e suas consequências:
“Só um minuto para
cortarem aquela cabeça, e talvez cem anos não nos deem outra igual.”
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