domingo, 26 de agosto de 2018

GIORDANO BRUNO


RESENHA DO FILME GIORDANO BRUNO

Giordano Bruno um frade dominicano, que possuía ideias e pensamentos contraditórios da igreja católica, que naquela época era dominante e tinha plenos poderes. Doutorado em teologia suas ideias avançadas e a forma diferenciada de seus pensamentos foi acusado de heresia e levado à Roma para ser julgado por dois processos: o primeiro por ter tirado a imagem dos santos do convento dominicano deixando somente o crucifixo.
O segundo por ter falo a um noviço que este parasse de lê as setes alegrias de Nossa Senhora e lê-se antes a vida dos santos padres. A Inquisição promovida pela Igreja Católica Apostólica Romana, perseguia e matava inúmeras pessoas por elas serem consideradas bruxas e hereges.

Giordano Bruno, personagem principal do filme, interpretado pelo ator Gian Maria Volonté, foi filósofo, teólogo, matemático e astrônomo e foi um dos pioneiros da ciência moderna.Com isto largou a batina e a religião para dedicar e ensinar a filosofia, a astronomia e a arte da memória. Chegou a ensinar em Londres na universidade de Oxford cosmologia, mas gerou várias discussões e logo abandonou Oxford e partiu para França; onde em um debate público foi ridicularizado atacado e por fim expulso do pais. Então partiu para Veneza, onde foi denunciado pelo nobre Giovanni Morcenigo e entregue a Santa Inquisição Romana acusado de apostasia, heresia, de ensinamento contra a religião, blasfêmia, conspiração contra a igreja e o padre. Giordano nasceu em Nola, na Itália, cujo nome de batismo era Filippo, mudando o nome para Giordano quando estava na Ordem dos Dominicanos, em Nápoles, em 1566, sendo esta congregação cristã católica, e acabou sendo expulso, pois, suas ideias não eram aceitas pelo dogmatismo católico. Admitia Giordano, que acima de um deus, que é a alma do mundo, tinha um deus que transcende a tudo e a todos e que somente pode ser buscado pela fé. O personagem principal do filme queria que houvesse a união entre os cristãos protestantes e católicos e lutava pela liberdade de pensamento e pela tolerância religiosa.
Foi acusado por heresia quando duvidou da Santíssima Trindade. Defendia que o universo era infinito e a igreja católica defendia a teoria geocêntrica, que a terra era o centro do universo, pois, os homens vivem nela e Deus teria um olhar especial pela ela. Ele é sem dúvida, o pioneiro da filosofia moderna. Também defendia o panteísmo, que considerava que Deus está em tudo o que existe na natureza. Para ele, Deus seria uma força criadora que formou e que forma o mundo e que estaria imanente ao mundo, longe da ideia de um Deus único e exterior ao homem do catolicismo. Então, Giordano foi perseguido pela “Santa Inquisição” de Veneza, e não se retratou diante de Roma, e foi condenado a ser queimado vivo em uma fogueira em 1600, em Roma. Interrogado com torturas e muito rigor pelas severas leis da Santa Inquisição negou-se a abjurar suas doutrinas e pensamentos. Sendo assim foi decretado sua sentença como herege impertinente, tendo todos seus livros e escritos condenado e proibido como heréticos e errôneos, ordenado que fossem queimados e destruídos publicamente.
Percebe-se, que a Igreja Católica Apostólica Romana, tem sido uma das maiores defensoras do ‘’livre-arbítrio’’, na teoria, toda via, na prática no final da Idade Média e início da Idade Moderna, no tempo de Giordano Bruno, não se tinha liberdade, nem para criticar, duvidar e perguntar assuntos de interesses da igreja aja vista que foi queimado vivo em praça pública, e teve a sua voz calada por um objeto posto em sua boca. Logo, o filme reproduz este autoritarismo, referente à postura da Igreja Católica em perseguir e matar Giordano, por ele, simplesmente não concordar com as ideias dogmáticas da dela. Se somente Deus tem o poder de julgar e punir as pessoas, que autoridade tinha a instituição cristã, para condenar e matar Giordano Bruno? A autoridade papal, não era o representante de Deus na terra, era o próprio Deus, o que Roma dizia, teria de baixar a cabeça e aceitar, caso contrário, o indivíduo seria condenado e julgado pelo Tribunal da “Santa Inquisição”, e mesmo se retratando publicamente e se arrependendo a morte em praça pública na fogueira era um destino praticamente certo.
Portanto, a Igreja Católica Apostólica Romana, perseguia e matava inúmeras pessoas por elas serem consideradas bruxas e hereges, ou seja, as pessoas não tinham liberdade de expressão religiosa. A Igreja precisava controlar e a mineira mais eficaz para isso seria calar a voz das pessoas que não concordasse com ela. Tinha tanto receio que as ideias das pessoas intelectuais pudessem influenciar a vida das outras, que queimavam os livros dessas pessoas segundo ela estes livros seriam profanos, levavam os condenados para a fogueira para serem queimados vivos. Uma das frases marcantes de Giordano Bruno é quando ele diz: “ O tempo tudo tira e tudo dá, tudo se transforma nada se destrói “


REFERÊNCIA:
Filme: GIORDANO BRUNO.


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